Diferente da cena punk, o grunge não surgiu como movimento contestatório e rebelde, ainda que tenha emergido do underground. Originalmente, os grunges, que nem sabiam que pertenciam a um movimento ou estilo, estavam mais para niilistas, alienados e introspectivos-auto-destrutivos. O grunge começa nos anos 90 com mudanças na música. Algumas bandas de Seattle (USA), com influências dos anos 60 e 70, a meu ver, misturam elementos do som “punk” de nomes como Ramones e Iggy Pop às influências de Led Zeppelin. Assim, surgia um dos maiores nomes da música grunge: Nirvana.

A moda feita de inspiração na anti-moda. Nos anos 80, a moda também se apropriou largamente da anti-moda-punk. Contudo, o grunge não possuía os inspiradores detalhes oriundos do punk, como a maquiagem carregada, couros e vinis, alfinetes e cabelos super produzidos. Ao contrário, a inspiração para a moda grunge era a classe proletária de Seattle, com roupas muito largas e miseráveis, muitas vezes doadas, e camisa xadrez como a dos lenhadores. O visual era junkie, porque tanto o público, assim como as bandas, eram junkies, e as mangas compridas escondiam as picadas.

Em pouco tempo o estilo se popularizou pelo mundo, e blusões rasgados e puídos poderiam ser comprados em qualquer boutique por uns 200 dólares. Os meninos deixaram os cabelos crescer como os hippies e usavam calças extra-grandes, gorros e flanela xadrez (há quem diga que esse visual era como de alguém recém saído da cama).

A moda, ao incorporar o estilo nas passarelas, também carrega elementos hippies: as cinturas das calças baixam e as bocas-de-sino voltam à cena, o cabelo das meninas era comprido e repartidos no meio. O grunge foi um estilo colorido, amarfanhado e roto, no qual roupas de fabricação doméstica, personalizadas ou de segunda mão eram usadas em camadas, complementadas por pesadas botas militares.

Nesse contexto, destacaram-se, entre muitos outros, nomes como Anna Sui, Calvin Klein e Marc jacobs, que em 92 foi o primeiro a levar esse visual às passarelas. Na Inglaterra, o lar do “negligent-chic”, essa moda foi fortemente incorporada, adicionando as obrigatórias botas Doctor Marteen ao look.
Enquanto isso, o terrible estilista John Galliano saía à noite pelos subúrbios ingleses para buscar inspiração nos trajes dos habitantes da rua e de albergues.




Kurt Cobain, o último ídolo do rock ?

Essa é uma boa pergunta, mas talvez essa resposta seja tão complexa que parece não ter resposta, só parece.

Isso ocorre por vários motivos, um deles é a grande demanda de bandas que estão circulando na web, o fato da informação ser fácil de consumir, torna isso um grande deserto e cada banda é um grão de areia, imagine encontrar um ídolo nessas condições.

O rock teve vários estilos ao longo da sua vida, alguns movimentos foram base para outros o punk foi um grande movimento que até hoje é usado por várias bandas, e dentro do punk tinham vários ídolos e bandas consagradas, era um movimento fértil para encontrar um ídolo.

Depois do punk o grunge foi também uma grande revolução na música estilo de vida e modo de se vestir, tinha como o grande ícone Kurt Cobain líder da era grunge, o último ídolo do rock, isso na década de 90 depois dele não houve nenhum outro músico com o título de ídolo do rock.

A mídia também tinha o poder de formar ídolos e hoje não tem mais, a internet deixou bem mais democrático o modo de consumir música, hoje cada um ouve o que quer, e cada um tem o seu ídolo, a informação deixa um mar de escolhas e quanto mais escolhas mais difícil fica para encontrar um destaque.

By Abrãao